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Artigo: 01-2014

Sociedade do Espetáculo - Artigo Voltado a Indústria Cultural

É importante destacar que o conhecimento humano nunca esteve tão ameaçado como agora. O interessante é que quanto mais aparatos técnicos e tecnológicos ficam disponíveis para esta sociedade, para alguns ficam cada vez mais distantes. Não pelo acesso, mas sim pelo seu uso inconsciente. Estamos tendo a sensação, que tudo esta perdido. Até parece que hoje, existem mais crimes que antes. Mais assaltos, roubos,etc. Esta sensação ao assistir aos jornais diários com todas as estatísticas apresentadas para nós alí. Intantâneas a sensação que é a verdade absoluta.

Os noticiários de maiores audiências são os folhetins do final da tarde, início da noite, cuja programação, o seu editorial, em sua grande maioria, são notícias de morte, assassinato, assaltos, etc. Sentimos que estamos impotentes a tudo isso.Qual é o importante! O importante neste caso é nos revelarmos a dificil realidade de estar informado sobre uma suposta proteção que na verdade, o sentido passa a ser o contrário. Ai sim, é que estamos desprotegidos de nossa real reação crítica de pensar, pois se passarmos a pensar que isso é uma verdade e a verdade prevalecera, pois no modo que o apresentador deixa sua marca - Marca essa, buscando a mídia, o interesse de vender a notícia ao vivo e a cores e de construir algo palpável e real o que "Adorno chamou de Indústria Cultural" e esse real passa a ser a audiência, medida em estatística. Quanto mais gente acaba preso a ela naquele momento, mais o minuto passa a ter valor. Vão sendo construido um produto da mesma forma que um carro Ferrari passa a ser desejada por muitos e conseguida por poucos, devido ao seu valor de mercado. Como estamos preso ao medo, o medo nos faz sentir que ali, naquele espaço de tempo - Feito na redoma de uma estúdio, com todos os aparatos técnico e tecnológico, mesmo em alguns casos o jornal sendo ao vivo, busca chamar a atenção do tele-espectador. Ai é a chave para ganhar a maior audiência e os maiores pontos na margem da estatistica.

Desta forma, essa produção da falsa realidade mostrando o cotidiano e construindo o bordão que alí é o verdadeiro jornal pois se faz ao vivo, não passa de uma alienação utópica de uma sociedade que pouco se preocupou com o real valor do seu povo. A Informação.

Sendo assim, no último índice do IDEB -(Indice Desenvolvimento da Educação Básica), medido recentemente e ao invéz de avançarmos, a triste realidade é que regredimos. Avançamos sim em poucos estados,não passando de nota 5,0 mas na média permanecemos na mesma posição. Com nota média dos 27 Estados no Brasil em 3,4 de um total de 10 pontos. Ou seja: se fossemos marcar uma pontuação para passarmos de ano em qualquer escola o aluno teria sido reprovado e muito mal reprovado.Para se ter uma comparação a Alemanha não permite nota abaixo de 7,0.

Sendo assim, não existe motivos para comemoração, pois atrelado a isso, o salário docente, as condições de trabalho e a insegurança de hoje em ser docente e não estar docente, uma profissão que com este caminho será uma profissão em extinsão. O que chama a atenção de alguns especialistas é que com a oferta e procura por um produto ou serviço e se ele for escasso qual a tendência do valor deste produto ou serviço? Pela logica é elevar o seu preço. E por qual motivo isso nao ocorre aqui neste país.Com a falta de docente nas escolas o seu valor tenderia a subir. É simples a resposta. É que desde a nossa formação docente, com os Jesuitas, a informação do conhecimento era praticado de graça. Assim, por muitos governantes ela deveria permanecer como tal. Só esquecem de uma coisa: Docência é profissão e não filantropia. Poderíamos fazer uma proposta aos políticos. Da mesma forma que o salário docente é quase nulo poderíamos propor que a profissão político também deveria ser filantrópico. Quel tal?

Abraços,

Profº Gláucio dos Santos Costa

 

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